Roteiro de 4 Dias em Madri na Espanha

Confira nossa sugestão de passeio pela capital espanhola e se surpreenda com os encantos que encontramos nessa alegre e agradável cidade.

Madri

Madri

Entre fevereiro e março de 2017 fiz uma viagem maravilhosa de 15 dias pela Espanha – um país que eu ainda não tinha visitado, apesar de já ter feito algumas outras jornadas por terras europeias.

Madri foi a 2ª cidade espanhola que visitei e ela foi, pra mim, a grata surpresa dessa viagem. Eu não esperava que iria adorar tanto aquele lugar...

Explico. Assim como a maioria das pessoas que pretende visitar a Espanha, cheguei lá esperando que Barcelona fosse a grande atração do país, a cidade mais interessante e diferente, cheia de belezas arquitetônicas, aquela que ninguém pode deixar de conhecer, etc, etc, etc.

Ela realmente possui esses adjetivos, masss... Confesso que não me arrebatou tanto assim. E daí veio a surpresa: a cidade que mais me encantou foi justamente aquela que poucas pessoas emitem opiniões, digamos, "fervorosas”.

Madri é uma cidade linda, alegre, cheia de vida... E muito agradável pra passear.

Cheguei na capital espanhola vindo direto de Barcelona e, já no trajeto entre a estação de trem e o hotel, simpatizei muito com a cidade. Sabe aquela coisa de empatia à 1ª vista?

E antes que você pense aí que isso depende do gosto de cada um, te digo que estava com mais 2 pessoas nessa mesma viagem e elas acharam o mesmo que eu. E quando voltei pra casa, conversei com outras 2 que já visitaram a cidade e ambas tiveram as mesmas impressões.

Nesse post vou relatar exatamente como foi meu roteiro por Madri. O objetivo é trazer algumas impressões, curiosidades, dicas e informações úteis para que você possa enriquecer sua visita e saber o que fazer em Madri e poder se programar.

OBS: Por opção minha, o roteiro original não incluiu algumas atrações conhecidas da cidade, pois escolhi dar preferência às atrações muito famosas e às andanças pelas ruas de Madri. Mas respeitando aqueles que não querem abrir mão dessas visitas excluídas, coloquei opções de como encaixá-las nesse roteiro que realizei.

DADOS DA VISITA e DICA DE HOTEL EM MADRI

Quantos dias fiquei em Madri? 3 dias e meio, pra ser mais exata.

Foi o suficiente? Para conhecer o essencial, sim. Mas pra fazer tudo com mais calma, sem muita correria, aproveitando as ruas e praças e todos os museus, o ideal seriam 4 ou 5 dias inteiros.

Onde fiquei hospedada? Regente Hotel

O hotel era bom? Muito bom. Instalações limpas e novas, staff solícito, wi-fi gratuito, oferece café da manhã (que não estava inclusa na minha diária) e possui elevador. Inclusive, há um específico que leva o hóspede (e sua bagagem) da porta de entrada até a recepção, pois a rua é uma pequena descida que acaba fazendo com que a recepção esteja num plano ligeiramente mais alto que a calçada.

A região do hotel era boa? Excelente. É o grande atrativo do hotel, pois fica na esquina da Gran Vía (em frente à loja Primark, pra ser mais exata) e a 3 minutos de caminhada da Plaza Puerta del Sol. Há bastante movimento no entorno e várias opções de lojas e restaurantes por perto. E ainda há 2 estações de metrô nas proximidades.

DIA 1 – MONASTERIO DE LAS DESCALZAS REALES, PLAZA PUERTA DEL SOL, PLAZA MAYOR e LA LATINA

Peguei o trem cedinho em Barcelona e cheguei à Madri às 11:45 da manhã. Como o meu hotel ficava um pouco distante da estação ferroviária Madrid Atocha, rachei um taxi com as pessoas que estavam comigo nessa viagem.

Conforme o veículo seguia, já fui simpatizando bastante com a cidade. Apesar de ser um domingo, encontrei ruas cheias de gente, lojas abertas e bastante movimento – o que já me mostrou que Madri segue o estilo de vida das grandes metrópoles do mundo.

Após o check-in no hotel e livre das bagagens, parei para fazer um lanche rápido pelas redondezas e segui caminhando até a primeira atração do dia – que ficava pertinho do hotel e estava com a visita agendada para as 14:00: o Monasterio de Las Descalzas Reales.

Monasterio de las Descalzas Reales

Monasterio de las Descalzas Reales

Cheguei a cogitar não fazer essa visita devido às vagas limitadas disponíveis para conhecê-la. Mas felizmente consegui agendar um horário que cabia no meu roteiro e acabei visitando.

Aliás, ainda bem que fiz isso, porque eu adorei esse passeio!

Trata-se de um convento criado no século 16 pela princesa Joana da Áustria e que chegou a ser uma das casas religiosas mais ricas da Espanha. E ele ainda está em funcionamento nos dias atuais, com freiras vivendo em total clausura!

A visita é guiada e durou uns 50 minutos. E ainda dei a sorte de encontrar um guia super simpático e elegante, que falava um espanhol claro, vagaroso e de fácil entendimento.

Somos levados a conhecer alguns cômodos do local, com destaque para a escadaria e seus belíssimos afrescos, além da coleção de tapeçarias.

Para visitar a atração, basta comprar o ingresso online com hora marcada. Lembre-se que as vagas são limitadas e, dependendo da época que você for, elas podem se esgotar logo. Confira todas as informações (em português) disponibilizada no site oficial.

Saindo do Convento, segui caminhando pelas movimentadas ruas da região. Chamou-me a atenção a quantidade de gente perambulando por elas, num clima de harmonia e alegria. Até porque era um domingo de sol bem convidativo para um passeio.

DICA: Nas redondezas fica um dos locais mais visitados de Madri - a Chocolatería San Guinés. É lá onde servem o mais famoso "churros con chocolate" da cidade. Não deixe de dar uma conferida.

Calle de Arenal

Calle de Arenal

A Calle de Arenal foi um dos destaques desse passeio. É uma rua só de pedestres com muitos restaurantes e lojas (todas abertas, apesar de ser um domingo), além de artistas de rua fazendo suas performances em busca de uns trocados.

O passeio me levou até a próxima atração do dia, que é uma das principais praças de Madri: a Puerta del Sol.

O local, que hoje é um movimentadíssimo ponto de encontro, já abrigou uma das antigas portas da muralha que cercava a cidade na Idade Média e que possuía um sol desenhado em sua fachada – daí o seu nome.

Mas há quem diga que o nome “Sol” se deva mesmo ao formato da praça no mapa: uma meia lua com ruas retas “irradiando”, tal como um sol no horizonte.

Se eu já tinha achado a Calle de Arenal movimentada, então não tinha visto nada ainda. A Plaza Sol estava lotada de gente, de artistas de rua... E de policiais, já que em tempos de atentados, todo cuidado é pouco.

Mas não vi nada de perigoso por lá. Muito pelo contrário: o clima era de paz e harmonia, apesar da mistura de gente.

Há 2 destaques do local, que você não deve deixar de notar: a estátua do urso símbolo de Madri (que está apoiado sobre uma morangueira conhecida como madroño na região) e a Real Casa de Correos, o bonito prédio do século 18 que é a sede do Governo de Madri – e cuja fachada traz 2 placas comemorativas, lembrando a tentativa da cidade em derrubar o exército de Napoleão no século 19 e o triste atentado terrorista ocorrido na estação Atocha em 2004.

Não deixe de notar, na calçada em frente a esse prédio, o ponto que sinaliza o Marco Zero da Espanha (todas as distâncias são medidas a partir dali).

Plaza Puerta del Sol

Plaza Puerta del Sol

Real Casa de Correos

Real Casa de Correos

Marco Zero da Espanha

Marco Zero da Espanha

Urso símbolo de Madri

Urso símbolo de Madri

Segui caminhando pela Calle Mayor, que assim como as outras ruas, se mostrou bastante movimentada e cheia de lojas e restaurantes.

DICA: Durante suas andanças por Madri, não deixe de reparar nas interessantes placas com o nome das ruas. Elas são feitas de azulejos e parecem pintadas a mão, sempre trazendo algum desenho ou representação sobre aquela determinada avenida, rua ou praça. Fazem tanto sucesso, que muitos souvenires a utilizam como motivo.

As placas de rua em Madri também são uma atração da cidade

As placas de rua em Madri também são uma atração da cidade

O passeio me levou até outra praça famosíssima de Madri: a Plaza Mayor.

Trata-se de um grande espaço cercado por edifícios de fachada colorida (reza a lenda que há 237 sacadas no perímetro, não contei) e com vários restaurantes no entorno.

Mais uma vez, encontrei por ali muitos artistas de rua e pessoas perambulando no mesmo clima harmônico de antes. Mas nem sempre foi assim, já que o local foi de tudo um pouco: praça de touradas, local festas populares e até palco de execuções da rigorosa Inquisição Espanhola.

A atual aparência data do século 17 e foi construída a mando do Rei Felipe III – cuja estátua equestre reina absoluta no centro da praça.

Um dos destaques também é a Casa de La Panaderia Real, que possui afrescos com figuras de deuses e signos do zodíaco na fachada.

Plaza Mayor

Plaza Mayor

Casa de La Panaderia Real

Casa de La Panaderia Real

Saindo da Plaza Mayor, segui em direção a um dos bairros boêmios de Madri: o La Latina.

A ideia era fazer um passeio de tapas pela Calle Cava Baja, que possui vários estabelecimentos do gênero ao longo do seu trajeto.

No meu planejamento de viagem, li que os madrilenhos costumavam praticar o tapeo no local aos domingos à tarde. E como era exatamente esse dia da semana que eu estava visitando o local, não perdi tempo e fui lá conferir.

Calle Cava Baja é cheia de casas de tapas

Calle Cava Baja é cheia de casas de tapas

Porém, acho não dei muita sorte, porque cheguei lá e encontrei as casas de tapas relativamente vazias e muitas delas estavam sem muitas opções de o que consumir. Talvez tenha chegado muito tarde (era por volta de 17:30).

Mas acabei achando uma que estava relativamente cheia e decidi entrar, já que ainda tinha alguns lugares pra sentar.

No entanto, tive uma péssima experiência, infelizmente. Fui atendida por um garçom que se mostrou bastante impaciente (e cheio de deboche) com o fato de estar atendendo turistas que não tinham ainda experiência com o esquema do tapeo. Como eu já estava bebendo algo e estava bastante cansada e com fome, acabei dando um “chega pra lá” no garçom e fiquei por lá mesmo. E as tapas também nem era grande coisa...

O nome do bar? Chama-se Taberna Salamanca. Não recomendo!

De lá, segui caminhando de volta ao meu hotel e curtindo mais um pouco o fim de tarde naquelas ruas super agradáveis de passear.

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DIA 2 – CALLE CERVANTES, MUSEU DO PRADO, PASEO DEL PRADO, PLAZA CIBELES, GRAN VÍA (com opções)

Saí do hotel por volta das 08:30 e fui caminhando calmamente em direção às ruas do bairro chamado Huertas.

Passando pela Plaza Santa Ana – um espaço super agradável rodeado por restaurantes e considerado o coração do bairro – segui andando até chegar à Calle Cervantes para tirar uma foto em frente ao local onde viveu (e morreu) o famoso escritor Miguel de Cervantes.

A casa original, datada do século 17, na verdade não existe mais hoje em dia. Ela foi demolida em 1833 e substituída pelo edifício atual, que traz uma placa comemorativa com o busto de Cervantes, indicando que ele viveu ali naquele espaço.

Não deixe de notar, escrito em letras douradas no asfalto em frente, um pequeno trecho de sua obra mais famosa – Dom Quixote.

Casa de Cervantes

Casa de Cervantes

Trecho de "Dom Quixote"

Trecho de "Dom Quixote"

Continuando a caminhada e passando pela Plaza de Las Cortes (não deixe de reparar o bonito edifício da Câmara dos Deputados que está em frente), cheguei a uma das avenidas mais famosas de Madri: o Paseo del Prado.

Toda arborizada e com algumas fontes ao longo do seu trajeto, ela também é considerada uma das mais bonitas da cidade. Não há quem passe por ali e não fique tentado a sair passeando por ela – seja madrilenho ou turista.

Eu tive que segurar a tentação, porque estava com hora marcada para visitar a atração que estava logo a minha frente, e que também é uma das mais procuradas de Madri: o Museu do Prado.

Museu do Prado

Museu do Prado

Museu do Prado

Museu do Prado

Minha entrada estava marcada para as 10:00 e como cheguei uns 30 minutos antes deste horário, deu tempo de tirar umas belas fotos da fachada da frente e do entorno.

DICA: Compre seu ingresso para visitar o Museu do Prado pela internet, com dia e hora marcados, para furar a fila (homérica) da bilheteria. E procure pegar a visita do primeiro horário do dia, quando o museu ainda está vazio. Eu fiz isso e, mesmo assim, no final da visita já o encontrei relativamente cheio, de modo que em algumas obras tive que esperar pacientemente pra conseguir chegar perto pra ver.

Quem me acompanha aqui no blog sabe que não sou uma fã inveterada de museus e acabo colocando nos meus roteiros apenas os muito importantes (Ex: Louvre em Paris, Museu do Vaticano em Roma e etc).

Como o Museu do Prado é considerado uma das principais galerias de arte do mundo, então acabei decidindo incluir no meu roteiro e dou minha mão a palmatória aqui: que bom que eu fiz isso, porque eu adorei a visita!

O museu é basicamente uma pinacoteca que expõe obras de artistas de vários países (geralmente os subordinados à Coroa Espanhola), com destaque para as telas dos 2 artistas espanhóis mais famosos: Velázquez e Goya.

Como esta é uma das atrações mais procuradas da cidade e há várias obras de interesse a serem vistas por lá, então escrevi um post em separado com o meu Roteiro de visita ao Museu do Prado em Madri: o que ver em poucas horas?. Nele, também trago outras dicas bacanas para tornar a sua visita bem sucedida.

Saindo de lá fui seguindo pelo Paseo del Prado que, como já disse aqui, é uma avenida arborizada muito agradável de passear.

Ao longo do trajeto vemos algumas belas pracinhas e fontes, com destaque para a Plaza del Netuno e a Plaza de La Lealtad (ambas pertinho do Museu do Prado), além da Fonte de Apolo.

Paseo del Prado

Paseo del Prado

Paseo del Prado

Paseo del Prado

Paseo del Prado: Fonte de Apolo

Paseo del Prado: Fonte de Apolo

Paseo del Prado: ótima pra caminhar

Paseo del Prado: ótima pra caminhar

O Paseo del Prado termina numa rotatória que é considerada um dos pontos mais famosos da cidade: a Plaza de Cibeles, cujo destaque é a bela escultura (cercada por bandeiras da Espanha) da deusa sentada em uma espécie de biga, dirigida por leões.

Destaco também os edifícios do entorno, como o Banco de España (que estava em obras e cheio de andaimes na época que visitei, infelizmente), o Palacio de Linares e o belo Palacio de Comunicaciones (ou Palacio de Cibeles) – a Prefeitura de Madri.

Fonte de Cibeles

Fonte de Cibeles

Palacio de Comunicaciones

Palacio de Comunicaciones

DICA: Há um famoso mirante no prédio da Prefeitura, cuja subida custa 2 euros e oferece uma bela panorâmica da Plaza de Cibeles e do entorno. Infelizmente passei por lá numa segunda-feira, o único dia da semana que fica fechado. Mas ele abre nos outros dias. Veja todas as informações.

Em seguida, fui descendo a Calle de Alcalá (a oeste) até chegar ao cruzamento com outra avenida muito conhecida de Madri, a Gran Vía.

É fácil descobrir onde ela começa: basta encontrar a bela e inconfundível fachada do Edifício Metropolis, um dos mais famosos e fotografados da cidade.

Edifício Metropolis

Edifício Metropolis

Gran Vía também tem movimento à noite

Gran Vía também tem movimento à noite

A Gran Vía é uma grande avenida cheia de lojas, que vendem de tudo um pouco e com preços variados (tem produtos para todos os bolsos!).

Eu sei que Europa não é exatamente um destino de compras como os EUA, mas é realmente um desafio sair dessa avenida sem comprar nada. Até porque é nela que fica a Primark, a famosa loja de departamentos britânica que vende de tudo um pouco a preços bem baratos.

Há várias filiais dessa loja em outros países europeus e em todos eles costuma fazer sucesso. Mas a de Madri é especial porque possui 5 andares e é considerada a maior Primark da Europa!

Eu já conhecia as filiais da Oxford Street em Londres e como adoro bispar uma loja de departamentos, não perdi a viagem: fiquei um bom tempo por lá dentro. E depois de deixar o que comprei no hotel (que ficava em frente à Primark, literalmente), fui dar uma volta pelo “fervo” das ruas que ficam entre a Gran Vía e a Plaza Sol, onde também tem várias lojas e restaurantes interessantes.

Opções:

► Se você não fizer questão de visitar as lojas da Gran Vía e imediações, pode optar por visitar o Museu Thyssen-Bornemisza, que fica bem pertinho do Museu do Prado. Sei que visitar 2 museus numa tacada só pode ser meio complicado, mas reza a lenda que dá pra "casar" essas atrações numa boa.

► Se ainda assim você quiser visitar esse museu e também dar uma chegadinha na Gran Vía depois, cabe perfeitamente: as lojas da avenida (e das ruas que seguem para a Plaza Sol) funcionam em horário de shopping, ou seja, fecham lá pelas 22:00.

DIA 3 – PALÁCIO REAL DE MADRI, CATEDRAL ALMUDENA, PLAZA DE TOROS LAS VENTAS, PARQUE EL RETIRO, MERCADO DE SAN MIGUEL

Saí às 09:00 do hotel e segui caminhando até a região onde ficava a primeira atração do dia, cuja visita estava agendada para às 10:00.

Passando pelo Teatro Real, que é considerado a Ópera de Madri, cheguei a uma bonita praça arborizada, adornada com várias estátuas de monarcas espanhóis – a Plaza de Oriente.

Projetada por Velázquez, essa praça rende belíssimas fotos, pois ela beira a fachada lateral de um dos edifícios mais famosos e visitados da cidade: o espetacular Palácio Real de Madri.

Ópera de Madri

Ópera de Madri

Plaza de Oriente

Plaza de Oriente

A entrada oficial dele fica na Plaza de Armería, onde encontramos o portão que cerca o pátio frontal do palácio (o acesso se dá pela porta à direita de quem está de frente pro edifício Real).

DICA: Mais uma vez, compre seu ingresso pela internet com dia e hora marcados, para furar a fila da bilheteria. Não se engane: a atração vive lotada e as filas costumam ser homéricas. Como há um limite de gente que pode estar lá dentro (afinal, é um palácio oficial da Monarquia Espanhola), às vezes pode acontecer de ter que esperar esvaziar pra conseguir entrar. Não perca um tempo precioso da sua viagem!

Outra coisa: procure agendar a visita para o primeiro horário, pois a atração está relativamente vazia nesse momento. Fiz isso e também foi uma decisão acertada, pois ficou bastante cheio na hora que estava terminando o meu passeio.

Portão do Palácio Real de Madri

Portão do Palácio Real de Madri

Pátio interno do Palácio Real de Madri

Pátio interno do Palácio Real de Madri

Olhando a (imponente) fachada, até achamos um prédio bonito, mas nada especial. Parece um palácio como tantos outros.

Só que quem olha por fora, não faz IDEIA das belezas que estão lá dentro!

Somos levados a visitar vários cômodos e a cada porta que entramos, é um impacto. Você vai vendo um monte de coisas lindas e acha que já viu tudo. Aí vem outra sala em seguida, mais bonita ainda!

DICA: É fundamental que você pegue o audioguia na entrada para fazer essa visita (tem em português). Ele consiste num tablet que vai mostrando imagens que ajudam a ilustrar alguns pontos de interesse e narrando a visita num fone de ouvido. Custa 3 euros e é obrigatório deixar um número de cartão de crédito como garantia (caso aconteça alguma coisa com o aparelho). Afirmo aqui pra você: vale muito a pena adquiri-lo.

Aliás, ele acabou valendo a pena também por uma razão inusitada. Como é proibido fotografar o interior do palácio (só pode até a escadaria de acesso), fiquei meio frustrada por não poder registrar as belezas daquela visita. Mas aí tive a ideia de fotografar as imagens do palácio que estavam ilustradas no tablet do audioguia.

É claro que uma foto original ficaria muito melhor, mas não é que quebrou um galho? Dá só uma olhada (e confira algumas belezas que estão lá dentro):

Antecâmara de Carlos III

Antecâmara de Carlos III

Gabinete de Porcelana

Gabinete de Porcelana

Sala de Jantar de Gala

Sala de Jantar de Gala

Salão do Trono

Salão do Trono

Saindo da visita e ainda dentro do pátio interno, não deixe de apreciar, à partir do mirante local, a vista do Campo del Moro – um parque que fica num plano mais baixo, beirando o palácio. E também não perca a visita à Armería Real, que traz uma bela exposição de armaduras do século 16 e 17 (lá também é proibido fotografar, mas dá pra fazer aquele esquema das fotos do tablet).

Mirante do Palácio Real

Mirante do Palácio Real

Armería Real

Armería Real

Amei tanto essa visita que se alguém me perguntar o que não se pode deixar de visitar em Madri, sem sombra de dúvida vou responder que é o Palácio Real. É realmente imperdível.

Troca da Guarda em Madri

Troca da Guarda em Madri

Ainda por cima, na saída, me deparei com um cartaz fazendo propaganda da Troca da Guarda Real que ocorria sempre na 1ª quarta-feira do mês às 12h (exceto em janeiro, agosto e setembro).

E adivinha qual era o dia seguinte do meu roteiro em Madri??? Dia 1º de Março de 2017, uma quarta-feira!!!

Ou seja: tive que dar um jeito de colocar esse evento no meu roteiro do dia seguinte e ainda bem que eu consegui, porque foi muito bacana. Falarei disso mais adiante...

Terminada a visita ao Palácio Real, segui caminhando até a atração que está em frente ao portão principal dele: a Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, ou melhor dizendo, a Catedral de Madri.

Reza a lenda que os madrilenhos não vão muito com a cara dela e a acham um pouco impessoal. Eu penso que é uma fama meio injusta, pois ela é linda.

Catedral de Almudena

Catedral de Almudena

Interior com toques góticos

Interior com toques góticos

A cúpula e o teto coloridos da Catedral de Almudena

A cúpula e o teto coloridos da Catedral de Almudena

Porta da Catedral de Almudena

Porta da Catedral de Almudena

Talvez o estranhamento se deva ao estilo arquitetônico dela, que mistura o “velho com novo” – tudo graças ao ”delay” entre o projeto (em 1518), o início da construção (em 1879, ou seja, 361 anos depois) e o término da obra (em 1992).

O interior lembra as catedrais góticas (ela é considerada neogótica, na verdade), mas realmente tem alguns toques coloridos e modernos. Destaco o teto, os vitrais e a Capela do Santíssimo, com bonitos mosaicos dourados.

DICA: É possível subir a cúpula da catedral e ter uma bela vista da cidade. Não tive disposição física e acabei não indo, mas quem se interessar, saiba que será preciso visitar também o Museu de Arte Sacra que há lá dentro (a entrada é paga e o ingresso vale pras 2 visitas). Confira as informações.

Internet no celular durante a viagem

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Saindo da Catedral, voltei até a Plaza Oriente, almocei uma massa num restaurante simples nas imediações e peguei o metrô para visitar um monumento tipicamente espanhol: a Plaza de Toros Las Ventas.

Confesso que não tive coragem de assistir a um “espetáculo” dessa natureza. Morro de pena do touro e estava arriscado eu ser linchada na arena, pois ia torcer muito pro bicho dar uma bela chifrada e botar o toureiro pra correr.

Por isso, me contentei em apenas tirar uma foto em frente à arena que, diga-se de passagem, é linda! Destaco as estátuas de bronze que estão no entorno, que homenageiam toureiros famosos.

Mas uma em especial me chamou atenção: a estátua do Toureiro Agradecido, em que o vemos fazendo uma reverência ao busto de Alexander Fleming, o famoso médico britânico que descobriu a Penicilina.

O motivo: graças à descoberta do antibiótico, os toureiros feridos já não morriam mais de infecção.

Plaza de Toros Las Ventas

Plaza de Toros Las Ventas

Toureiro Agradecido

Toureiro Agradecido

DICA: Quem quiser visitar ao interior da arena e/ou assistir alguma tourada, confira as informações do site oficial de Las Ventas.

Puerta de Alcalá

Puerta de Alcalá

Pegando o metrô novamente, saltei perto da Puerta de Alcalá. Trata-se de uma reconstrução (feita no século 18) do antigo portal de entrada de Madri, construído originalmente no século 16.

Depois de umas fotos, fui visitar o parque que fica logo ao lado e é um dos principais da cidade: o Parque del Retiro.

Muito agradável para passear, essa grande área verde no centro de Madri foi construída no século 17 para servir de retiro para a nobreza madrilenha. Só veio a ser aberto ao público no século 19.

Com muitos canteiros, pracinhas e fontes, o parque tem como destaques o Palácio de Cristal e o Palácio Velázquez, onde vira e mexe ocorrem exposições temporárias.

Mas o ponto mais conhecido é mesmo o Estanque Grande, o imenso lago (artificial, diga-se de passagem) que traz um belo monumento ao Rei Afonso XII ao fundo. Nele, vemos muitas pessoas andando de barco.

Parque del Retiro

Parque del Retiro

Parque del Retiro

Parque del Retiro

Parque del Retiro: Estanque Grande

Parque del Retiro: Estanque Grande

Parque del Retiro: Palácio de Cristal

Parque del Retiro: Palácio de Cristal

De lá, segui até o meu hotel para tomar um banho e me arrumar para ir à noite ao ótimo Mercado de San Miguel.

Madri tem casas de tapas pra todos os lados, mas ninguém deve deixar de dar uma passada nesse mercado que, apesar de ser um estabelecimento que vende frutas e outros alimentos, é muito procurado por quem quer praticar um belo tapeo – especialmente no final do dia.

Mercado de San Miguel

Mercado de San Miguel

Mercado de San Miguel

Mercado de San Miguel

Eu me esbaldei lá dentro e comi várias tapas famosas como croquetas, presunto ibérico (que é mesmo maravilhoso), azeitonas, patatas bravas... Comi até uma paella!

Tudo bem que ela foi esquentada no micro-ondas... Mas mesmo assim estava uma delícia.

DIA 4 – SAN ANTONIO LA FLORIDA, TEMPLO DE DEBOD, TROCA DA GUARDA, JD. VISTILLAS, REAL BASILICA SAN FRANCISCO, NOITE DE TAPAS (com opções)

Saindo do hotel às 09:00, peguei um ônibus na Gran Vía, pertinho do meu hotel, e segui até a primeira atração do dia.

Hoje não tinha visita com hora agendada, mas como tinha lido que era uma atração que costumava encher, decidi seguir a dica padrão pra evitar filas e multidões: chegar no horário de abertura (que nesse caso era às 09:30).

Afresco de Goya na Ermita S. A. la Florida

Afresco de Goya na Ermita S. A. la Florida

A 1ª atração do dia era a Ermita San Antonio de La Florida, uma igreja minúscula dedicada a Santo Antônio e cujo destaque é o belíssimo afresco do teto, pintado por Goya – que pode ser apreciado através de um espelho situado no piso da igreja (o pescoço agradece...).

Inclusive, o túmulo do artista está lá dentro, de modo que o local é conhecido como Panteão de Goya.

Essa igreja possui uma réplica logo ao lado (a Real Paroquia de S. Antonio La Florida) que foi criada para ser realmente uma igreja, já que a Ermita original acabou tendo seus serviços religiosos extintos graças ao excesso de pessoas que iam lá só pra apreciar o afresco de Goya – e atrapalhando as missas.

A visita a ambas igrejas é gratuita. Confira os dias e horários de funcionamento.

Pegando o ônibus de volta, saltei na bonita e agradável Plaza de España, que possui uma estátua de Cervantes no centro. De lá segui caminhando pelas imediações até chegar ao sopé de uma pequena colina.

A subida me levou até a próxima atração do dia: o Templo de Debod.

Templo de Debod

Templo de Debod

Muita gente pensa que se trata de alguma réplica de um templo da Antiguidade ou uma espécie de homenagem ao Egito Antigo, mas não é nada disso.

Ele é simplesmente um templo ORIGINAL trazido, pedra por pedra, da cidade de Assuã no Egito até a Espanha.

Datado originalmente do século 4 a.C., ele estava submerso na região após a construção de uma represa e como um dia acabaria destruído, foi doado pelo governo egípcio à Espanha como agradecimento pela ajuda que os espanhóis deram para salvar os templos de Abu Simbel.

É possível entrar no templo (gratuitamente), mas infelizmente, estava fechado para restauro na época que visitei.

O parque que está em volta é outra área verde agradável de passear e, por estar em cima de uma colina, ainda oferece uma vista da cidade – com destaque para os fundos do Palácio Real e da Catedral Almudena.

Jardins Sabatini

Jardins Sabatini

No meu roteiro original, eu desceria a colina e pegaria o metrô pra visitar o bairro de La Latina. Mas como eu tinha visto que esse dia iria ter a Troca da Guarda do Palácio Real, então segui caminhando até lá.

Foi bom porque puder dar um passeio rápido ao Jardim de Sabatini, que fica num plano mais baixo e nos fundos do edifício Real.

Cheguei à Plaza de Oriente uns 15 minutos antes do início da cerimônia e encontrei uma multidão de gente indo em direção à ela para assistir a cerimônia.

De repente, os seguranças mandaram todo mundo parar, levantaram um cordão de isolamento e começou o desfile da chegada da guarda – com parte dos oficiais marchando a pé, parte montado em cavalos e parte tocando instrumentos musicais.

Chegada dos oficiais para a cerimônia

Chegada dos oficiais para a cerimônia

Chegada dos oficiais para a cerimônia

Chegada dos oficiais para a cerimônia

Quando eles terminaram de passar, o cordão de isolamento caiu e as pessoas começaram a correr enlouquecidamente para a entrada lateral do Palácio (que fica na Calle de Bailen), onde a segurança permitiu o acesso gratuito ao pátio interno – onde seria realizada a cerimônia de fato.

DICA: Se você for assistir a Troca da Guarda, chegue de 1h a 40 min antes e entre logo no pátio interno. Será feita uma revista rápida pela segurança e eles liberarão o seu acesso.

Digo isso porque, depois que a corda de isolamento caiu lá fora, todo mundo que correu pra entrar já encontrou uma multidão lá dentro esperando – e que, obviamente, estava num lugar com visão mais privilegiada do que a minha, já que fiquei lá pra trás.

Mesmo assim consegui ver bem a cerimônia, que foi linda e cheia daquela pompa militar característica. Ela durou cerca de 30 ou 40 minutos.

O que achei bacana foi a narração. Sim, a cerimônia da Troca da Guarda no Palácio de Madri é narrada e nela são contadas algumas passagens interessantes da história da Espanha.

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Troca da Guarda no Palácio Real de Madri

Saindo de lá, parei para um almoço nas imediações da Plaza de Oriente e fiz uma horinha passeando pelas ruas do entorno até chegar a Calle Mayor e depois a Calle de Bailen.

Tive que fazer isso porque as atrações que iria visitar em La Latina estavam fechadas para a siesta e só reabririam mais tarde.

Aliás, essa bendita dessa sesta da hora do almoço é uma desgraça para qualquer roteiro na Espanha! Sorte que nem todo lugar em Madri fecha no almoço, mas em cidades do sul como Sevilha, por exemplo, fica “às moscas” entre 13:00 e 17:00h. É incrível.

Seguindo pela Calle de Bailen até a parte sul da cidade, parei no bonito Jardin Las Vistillas, uma pequena e bonita praça arborizada que estava no caminho.

No seu entorno dá pra ver o Viaduto Segovia, um dos mais conhecidos da cidade e por onde passa a Calle de Bailen. O atual é feito em ferro (para aguentar o peso do tráfego) e ficou famoso em Madri por ser a “ponte dos suicidas”. Hoje isso já não acontece mais, graças aos painéis de acrílico colocados nas laterais.

Jardim das Vistillas

Jardim das Vistillas

Viaduto Segóvia

Viaduto Segóvia

Continuando pela Calle de Bailen, cheguei à única atração que acabei visitando em La Latina, e que só reabriu às 16:00: a Real Basilica de San Francisco El Grande.

Olha... Valeu muito a espera, porque mais uma vez aconteceu aquela máxima de que “quem vê o que tem por fora, não imagina o que tem lá dentro”.

E não imagina mesmo! A igreja possui muitos afrescos e detalhes dourados, com belas capelas laterais dedicadas a vários santos católicos.

Mas apesar dessas belezas, ao entrar nela somos imediatamente hipnotizados pela cúpula espetacular, que é cheia de afrescos.

E ela é imensa: tem 33 metros de diâmetro e não só é considerada a maior da Espanha, como também é a 3ª maior do mundo (perdendo somente para o Pantheon de Roma, a Basílica de São Pedro no Vaticano e o Duomo de Florença).

Eu dei sorte de chegar na hora que estava começando um passeio guiado e ainda consegui visitar a sacristia. Se puder pegar uma dessas visitas, vá com fé (sem trocadilhos) porque vale a pena.

Real Basilica de San Francisco El Grande

Real Basilica de San Francisco El Grande

A bela cúpula é tão grande que não cabe na foto

A bela cúpula é tão grande que não cabe na foto

Altar Mor

Altar Mor

Sacristia

Sacristia

O único “porém” é que a entrada na igreja é paga. Sempre digo aqui no blog que acho um absurdo ser obrigado a pagar pra entrar num templo religioso que deveria ser aberto ao público. Mas nesse caso, afirmo que vale a pena e também não é nenhum absurdo de pagar: custou 3 euros na época que visitei. (Março de 2017).

Deste ponto, segui em direção ao bairro La Latina para visitar algumas famosas casas de tapas da região. Mas praticamente todas estavam fechadas naquele horário (por volta de 17:00) e eu estava tão cansada que decidi voltar ao hotel para dar uma relaxada.

Até pensei em voltar mais tarde ao bairro para fazer o tapeo que já pretendia no meu roteiro original. Só que encontrei uma brasileira lá na Troca da Guarda, que me indicou um lugar bacana (e diferente) de tapas que os amigos madrilenhos que ela estava visitando a tinham levado: o Platea Madrid.

Trata-se de um antigo teatro redondo onde encontramos vários bares de tapas nas laterais e mesas onde o público senta para beber e degustar as iguarias.

E de quebra, ainda rola uma música ambiente – mas sem aquela algazarra de boate/danceteria. Aliás, é bem o contrário: trata-se de um ambiente aconchegante, gostoso de estar.

Outra coisa bacana é que o local é basicamente frequentado por madrilenhos, ou seja, não há aquela horda de turistas. Recomendo!

E pelo que vi por lá, aos finais de semana ainda tem banda com música ao vivo, que toca no espaço do antigo palco do teatro. Pena que fui numa quarta-feira...

O Platea Madrid fica na Calle de Goya 5 - 7 , pertinho da Plaza de Colón. Confira a programação.

Platea Madrid

Platea Madrid

Platea Madrid

Platea Madrid

Opções:

Se você estiver visitando Madri na época que em que NÃO ocorre a Troca da Guarda, saindo do Jardim de Sabatini, siga caminhando pela Calle de Bailen, passando pelo Jd. Vistillas até chegar à Real Basilica San Francisco El Grande. Visite-a e depois, siga uma dessas 2 opções:

► Se for fã de museus, pode pegar o metrô na estação Tirso de Molina, ir até a estação Atocha e visitar o Centro de Arte Reina Sofia, que fica nas imediações e é considerada uma das melhores galerias de arte da cidade.

► Se for fã de futebol, pode pegar o metrô na estação La Latina e, após uma baldeação, ir até o Estádio Santiago Bernabéu, a casa oficial do Real Madrid. Eles oferecem passeios variados para quem quiser conhece-lo. Confira as informações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Eu ADOREI Madri. Muito mesmo!

É uma cidade agradável, alegre, cheia de vida. É um daqueles lugares que você visita e pensa: “eu moraria facilmente aqui”. Como disse antes, foi uma grata surpresa.

Expectativa é mesmo uma coisa engraçada, não é? Às vezes achamos que um lugar vai ser o máximo e acabamos achando razoável, e às vezes achamos que vamos gostar “mais ou menos” e somos arrebatados.

Só sei que voltei pra casa completamente encantada por Madri, a ponto de coloca-la no minha lista particular de cidades que mais amei visitar até hoje.

Sei que gosto não se discute e que ainda faltam muitos e muitos lugares pra eu conhecer. Mas aquela mágica de encantamento que acontece conosco quando visitamos certos lugares também não acontece o tempo todo, não é verdade?

Por isso, acho que a capital espanhola dificilmente sairá do meu ranking de cidades que mais amei. Até o momento, ela está no meu Top 3.

Vamos ver o que ainda me aguarda mundo a fora... Será que alguém vai destronar Madri da minha lista VIP?

P.S.: Pra quem ficou curioso, até o fechamento deste post, meu Top 3 é: 1º Londres, 2º Madri, 3º Roma e Amsterdam empatadas.

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17 Comentários
  1. Wilson Ambrosio

    Gostei das dicas viajarei em outubro 2018

    • Fernanda Rangel

      Oi, Wilson!
      Obrigada pelo elogio!
      Eu adorei Madri (e a Espanha, de um modo geral).
      Uma excelente viagem pra vc!
      Abs

    • Denise

      Menina!!!
      Sua dicas são ótimas, fiz um roteiro agora em agosto de 2019 quase igual ao seu (acabei ficando um dia a mais em Sevilla e um a menos em Madrid). Ah! E Córdoba eu fiz como bate e volta a partir de Sevilla. Mas o que tenho a dizer é que não gostei tanto de Madrid, por um motivo muito simples: nessa época do ano, o calor é insuportável na famosa hora da siesta (talvez isso explique o hábito de fechar estabelecimentos) e cheguei a passar mal com o calor. Assim, as deliciosas e infalíveis caminhadas para apreciar edifícios e parques se tornam uma tortura, tudo o que eu queria era voltar pro hotel, tomar água e ficar no ar condicionado… imagino que, no período frio (como você foi) eu teria adorado andar pelas calles e plazas de Madrid. Nas demais cidades do roteiro, talvez por serem menos urbanizadas ou mais arborizadas, ou terem rio ou mar(como Barcelona), não sofremos tanto (apesar de, em Sevilla, também termos feito “siesta”, voltando pra rua depois das 17h e, em Córdoba, termos abreviado o passeio pelo calor). Fica então a dica: visitar a Espanha na primavera ou outono, deixar o verãozão apenas para visitar as cidades litorâneas (que são maravilhosas e pretendo visitar futuramente). No mais, você está de parabéns, suas dicas são ótimas e já repassei para muuuita gente!

      • Denise

        Ah, esqueci de dizer: sua dica do flamenco foi ótima, economizamos uma boa grana, e eu simplesmente a-do-rei Granada! Aliás, toda Andaluzia deve ser espetacular, as três cidades que visitei já mostram bem (Sevilla, Córdoba, Granada). Recomendo Espanha para todos!

        • Fernanda Rangel

          Oi, Denise!
          Obrigada pelo elogio, por indicar o nosso blog e pelo seu relato! 🙂
          Fiquei muito contente pelos posts terem ajudado a fazer o seu roteiro. E a Espanha é mesmo incrível, me surpreendeu positivamente em tudo. País belíssimo!
          Eu já tinha ouvido falar do calor escaldante, mas na região da Andaluzia, não em Madri. Não imaginava que era tão quente… Mas tb, esse ano tiveram notícias de recordes de temperatura no verão europeu. Talvez tenha sido algo realmente fora do normal.
          Já em Sevilha é mesmo muito calor. Eu fui no inverno e esta foi a única cidade em que fiquei sem casaco em algumas horas do dia.
          Dizem que eles fazem até piada da temperatura e daí que vem mesmo o hábito da “siesta”. Realmente, não dá pra aguentar (sou do Rio, sei bem como é esse “forno”).
          Grande abraço!

  2. Rosana

    Adorei o roteiro que pretendo me guiar para visitar Madri.
    Adorarei Madri !!!

  3. Marcos Macini

    Acabei de ler todas suas dicas e sugestões, estamos chegando em Madri e com certeza vai nos auxiliar em nossa visita .
    Abraços
    Marcos

  4. Heloisa Studart

    Olá Fernanda, fiquei feliz que como eu você também se encantou mais com Madri do que Barcelona, já que a maioria acha o contrário.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Heloisa!
      Não é??? Barcelona é linda, mas não chega aos pés de Madri e Sevilha. De longe, NÃO é a melhor cidade a se conhecer na Espanha.
      Eu amei tanto Madri que seria capaz de morar lá. 😀
      Abs

  5. Renan

    oi tudo bem!?!?!
    Obrigado pelas dicas e roteiro!
    Estamos num baita impasse! Temos apenas 4 dias para passar pela espanha (chegamos na Europa por Lisboa e depois iremos para espanha) e estamos numa dúvida brava entre Madrid e Barcelona. Pensamos a priori 4 dias seguidos em Madrid, mas nos encantamos por tudo que Barcelona aparenta oferecer de arquitetura, etc (bem como vc disse!) e mudamos para 4 dias em Barcelona. Mas estamos numa duvida danada entre as duas, ou até mesmo uma terceira ou quarta opção (tipo 1 dia em Madrid e 3 dias em Barcelona, ou 2 em Madrid e 2 em Barcelona).
    Sei que depende muito, mas na sua opinião o que vc acha desses nossos 4 dias? Madri, Barcelona, Mix? Infelizmente não temos como aumentar, pois nosso roteiro após isso terá italia e frança ainda e tá ficando tudo muito apertado e corrido e estamos evitando ao máximo isso.

    É isso ai, muito obrigado pelo blog e pela força!!

    Abraços!!

    • Fernanda Rangel

      Oi, Renan!
      Desculpe a demora pela resposta. E obrigada pelo elogio!
      Isso depende muito do gosto de cada um. Como vcs tem poucos dias, de repente seria interessante priorizar uma delas e conhecer bem. Se ficar 2 dias em cada, vai dar pra visitar alguma coisa, mas no final, vcs não vão ter conhecido nenhuma das duas direito. A menos, é claro, que vcs considerem essa viagem como um “aperitivo” para uma viagem maior que poderia ser feita futuramente. 😉
      Ou então, deixar a Espanha para outra vez. A Itália tem tanta coisa pra visitar, que esses 4 dias seriam facilmente preenchidos com algo por lá. E ainda facilitaria os deslocamentos. Com a França, é a mesma coisa.
      Europa tem essa desvantagem: é muita opção e a gente fica realmente tentado a fazer mil coisas em poucos dias. Tenho sempre esse dilema nos meus roteiros. Hehehe…
      Outra coisa que tb vai depender é a questão da expectativa. Vou usar o que aconteceu comigo como exemplo…
      Sempre me falavam que Barcelona era maravilhosa, que é o “must see” da Espanha e etc. Realmente, eu morria de vontade de ver de perto a Sagrada Família, as obras de Gaudí, as Ramblas e etc. Mas o que aconteceu? Cheguei lá e realmente achei tudo lindo. Mas daí a dizer que Barcelona é o “must see”… Achei um exagero. Talvez tenha criado expectativas demais.
      Fui então pra Madri, um lugar que ninguém faz um estardalhaço à respeito e cheguei sem grandes expectativas. O que aconteceu? Eu AMEI Madri. Muito… Muito mais que Barcelona!
      E não parou aí: segui depois pra Andaluzia (Córdoba, Granada e Sevilha) e eu amei ainda mais! Sevilha então…

  6. Mércia Cidrack

    Oi Fernanda, tudo bom?!
    Tenho olhado muitos blog e roteiros de viagens, mas o seu, de longe, foi o q mais me chamou atenção. Tbm estou programando 15 dias na Espanha e estou fazendo mais ou menos a mesma programação que vc. Me tire um dúvida, por favor. Farei os traslados de umas cidade a outra de trem, assim como vc, mas gostaria de saber, se vc comprou suas passagens antecipadas ou na hora? E outra coisa, somos um grupo de 3 pessoas viajando, eu preciso comprar a mesa toda da viajem de trem? Ou tenho como comprar as passagens individuais? Desde já muito obrigada pelas suas dicas.

    • Fernanda Rangel

      Oi, Mércia!
      Eu que agradeço o elogio!
      Fico muito contente pelos posts estarem lhe sendo úteis.
      Comprei tudo com antecedência, pelo site da RENFE, a cia ferroviária espanhola. Não só para garantir as passagens, mas tb para conseguir as melhores tarifas (quanto mais cedo comprar, mais barato).
      Quanto à mesa, isso vai depender do sistema da RENFE. Quando efetuamos a compra, é o sistema deles que marca os lugares. Como estará com mais 3 pessoas, é bem provável que eles já reservem a mesa para vcs (elas geralmente são destinadas para grupos de 4 pessoas). A menos, é claro que já estejam todas reservadas. Aí eles devem colocar vcs juntos de outra forma. 😉
      Para garantir que fiquem juntos (em mesa ou não), é preciso que vc adquira todas as passagens na mesma compra. Se fizer individual, o sistema não vai entender que é um grupo e pode colocá-los separados.
      Abs

  7. Christine

    Adorei suas dicas! estarei em Madrid no final de setembro agora 2019

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