Veja o que fazer nesta minúscula, medieval e pitoresca cidade suíça, famosa pela produção do queijo gruyère, um dos mais apreciados do mundo.
Toda vez que me proponho a visitar um país, além de procurar pelo que as cidades tem a me oferecer, também faço uma pesquisa sobre as características típicas daquele determinado lugar.
Com relação à Suíça, sempre caía na mesma coisa: Alpes, paisagens incríveis, chocolate... E, é claro, os famosos queijos.
Durante o meu planejamento, escolhi as cidades principais do país para visitar, incluindo algumas “visitas temáticas” para completar essa viagem à Suíça.
O “passeio dos Alpes” ficou por conta do Jungfraujoch e do Matterhorn Glacier Paradise.
O “passeio do chocolate” ficou por conta da visita à Maison Cailler na periferia da cidade de Broc.
Já o “passeio do queijo” ficou para o gracioso vilarejo de Gruyères, onde se produz um dos queijos suíços mais famosos do mundo, cujo nome é uma homenagem à cidade (mas sem o "S" no final): o gruyère.
A visita ocorreu em Abril de 2015 e durou apenas uma tarde – tempo suficiente para conhecer o minúsculo e pitoresco lugar (isso se não entrar em todos os museus).
Foi um passeio bastante agradável, pois Gruyères é uma graça. Além de ter um ar bem medieval, o fato de ela ficar no topo de uma colina, ainda oferece uma vista incrível da paisagem ao redor. Sabe aqueles quadros em que você vê uma casinha perdida no meio de um campo verde, com uma montanha ao fundo e uma vaquinha pastando com um sino no pescoço?
Neste post, vou contar o que visitei em Gruyères e também trarei algumas dicas, curiosidades e informações úteis para que você possa programar seu passeio pra lá.
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Visitando Gruyères: o que fazer por lá?
Após visitar a Maison Cailler pela manhã (a fábrica de chocolate que hoje pertence à Nestlé), peguei o trem e segui até o vilarejo de Gruyères, para conhecê-lo na tarde daquele mesmo dia.
Pra "variar" um pouquinho, a paisagem que vi da janela do trem no deslocamento entre as duas cidades era incrível. Um festival de campos muito verdes, com flores amarelas fazendo um belo contraste, e ainda com direito a vilarejos cheios de chalés e vaquinhas pastando. Um deleite para os olhos.
A minúscula estação ferroviária fica no sopé da colina onde está a pequena cidade. Na verdade, nem é bem uma estação – é apenas um pequeno prédio beirando o trilho do trem, que por sua vez corre próximo ao asfalto da estrada.
Chegando à Gruyères e aproveitando que eu já estava ali na parte baixa, fui logo visitar a atração que fica bem em frente: a fábrica original do famoso queijo suíço que leva o nome da cidade: La Maison du Gruyère.
Logo que entrei já me deparei com a bilheteria e fui lá adquirir o ingresso – que no meu caso saiu de graça, porque eu estava utilizando o Swiss Pass (basta mostra-lo na bilheteria e obter 100% de desconto).
Com o ingresso em mãos, recebemos uma embalagem com 3 amostras de queijo gruyère e também um audioguia (tem em português!). E logo s seguir, somos encaminhados pra uma espécie de mezanino para dar início ao passeio.
Essa embalagem com as provas traz 3 tipos do queijo gruyère, diferenciados pelo tempo de maturação: 6, 8 e 10 meses – variando do gosto leve até o mais acentuado e salgado.
Eu achei o queijo delicioso! Tanto o leve (6 meses) quanto o mais forte (10 meses) são bons, mas o que mais gostei foi o de 8 meses, que é um meio-termo dos outros dois.
A visita à Maison du Gruyère dura cerca de 40 minutos e quem nos guia nesse passeio (narrando tudo pelo audioguia) é uma personagem bem sugestiva: uma vaca.
Chamada Cereja (ou Cerise, em francês – o idioma oficial da cidade), a simpática vaquinha vai nos contando como funciona o processo de fabricação do queijo, passando pelos ingredientes utilizados, pelos tanques de preparo e salas onde ele é deixado para maturação. É tudo muito bem explicado e sinalizado.
Chamou-me atenção o cuidado que os suíços tem no preparo desse queijo. Tudo é pensado: o trato das vacas que produzirão o leite para o queijo e até a qualidade (e o tipo) do pasto que elas comem. Segundo eles, isso interfere bastante no resultado final do queijo.
Ou seja, é tudo feito em prol da produção de um leite de qualidade para ter um queijo melhor.
No final da visita há uma loja de souvenirs linda e cheia de itens com tema de vaquinhas, chocolates e, é claro, pedaços de queijos Gruyères pra quem quiser levar pra casa.
Há também um restaurante onde as pessoas podem apreciar pratos de queijo. O mais procurado, segundo soube, é o fondue de queijo gruyère (não comi nesse restaurante pra dar minha opinião a respeito...).
Para fazer a visita à Maison du Gruyère, confira o horário de funcionamento e também o preço do ingresso (com a opção de um ticket combinado com a visita ao Château de Gruyères).
Saindo da Maison du Gruyère, fui subir a colina para visitar o vilarejo propriamente dito. Aliás, uma rampinha razoável, devo dizer...
Logo no começo da subida, comecei a ouvir um barulho metálico constante, que nunca cessava. Fiquei tentando adivinhar o que era aquilo até que mais adiante descobri: era meia dúzia de vaquinhas pastando com um sino pendurado no pescoço – o clichê dos clichês com relação à imagem da Suíça.
No começo, até achei um barulhinho gostoso. Mas passados 5 minutos... É insuportável! Sinceramente, não sei como os suíços aguentam aquela barulheira nos ouvidos.
Durante a subida, vamos tendo um belo panorama da paisagem ao redor, que corresponde à região de Gruyères. Da mesma forma que vi da janela do trem quando vim da cidade de Broc, havia muitos campos verdes com flores, chalés e montanhas ao fundo.
Cheguei ao vilarejo pela entrada lateral – que possui um portal em estilo medieval e parece que te transporta imediatamente para alguns séculos atrás quando passa por ele.
Gruyères é realmente minúscula: trata-se basicamente uma praça comprida cercada por edifícios antigos de pedra e um castelo nos fundos. Se não fossem pelas pessoas circulando com roupas e acessórios modernos, dava até pra achar que entramos numa máquina do tempo e voltamos alguns séculos atrás.
A cidade, inclusive, me lembrou um pouco o vilarejo de San Gimignano na Itália, que visitei 2 anos antes e também era bem pequeno e lindamente medieval.
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O passeio no largo central de Gruyères me mostrou alguns pontos interessantes:
• A presença do antigo poço da cidade no centro da praça, que sobreviveu aos dias de hoje (e que não é mais utilizado para esse propósito, claro);
• Uma antiga mesa de medidas, onde se colocava os grãos e outros produtos para padronizar as venda deles. Inclusive, reza a lenda que um oficial de justiça ficava monitorando as transações no alto da sacada do L’Auberge de La Halle (o prédio em frente, que era uma antiga taberna).
• Um edifício conhecido como Le Calvaire (ou “O Calvário”) onde vemos um crucifixo na fachada. Diferentemente do que muitos pensam, não é uma igreja, mas sim um antigo armazém de sal que hoje abriga um museu de artesanato.
DICA: O site oficial de turismo de Gruyères fornece um roteiro medieval pela cidade, em arquivo PDF, que você pode imprimir e levar no dia de sua visita. Com ele, você irá descobrir outros pontos de interesse do vilarejo e saber algumas curiosidades sobre eles.
Após o giro breve pela praça, a fome apertou e decidi parar para o almoço. Aproveitando que eu não tinha gastado nada com ingressos naquele dia, graças ao Swiss Pass (isso incluiu a manhã na Maison Cailler), me dei ao luxo de encarar um restaurante.
E o escolhido foi o mais tradicional e conhecido da cidade, que está ao lado o Le Calvaire: o Le Chalet.
Olha... Vi vários relatos falando muito bem deste restaurante e isso, sem dúvida, pesou na minha escolha. Mas confesso que, pelo menos pra mim, não valeu a pena. É caro e com porções mal servidas para o preço cobrado.
Pedi uma raclette – um prato cujo queijo, de mesmo nome, é derretido num aparelho especial e arrastado diretamente sobre alguns petiscos. Estava gostoso, mas as porções dos petiscos eram muito mal servidas, com pouca quantidade. Isso sem contar com a "simpatia" (sqn) da garçonete.
Havia um casal que estava na mesa ao lado, que tinha pedido um fondue e vi a mesma porção escassa: uma pequena cestinha de pão e algumas cebolas em conserva para espetar e mergulhar na panela de queijo.
Saindo do restaurante e passando por um arco ligando 2 edifícios que há logo ao lado, fui seguindo para os fundos da cidade, em direção à próxima atração (e uma das principais).
Mas antes de falar dela, preciso relatar aqui que, no caminho, passei batida por 2 atrações conhecidas de Gruyères, que estão lado a lado:
• Tibet Museum – Um museu que traz um acervo de pinturas, esculturas e objetos de temática budista, trazido do Tibete (e de lugares vizinhos a ele) por Alain Bordier. O objetivo dele era preservar os objetos religiosos que pertenciam aos refugiados tibetanos (informações);
• HR Giger Museum – Um museu que abriga obras do artista suíço H.R. Giger, que ganhou um Oscar por ter sido o responsável pelos efeitos visuais do filme “Alien – o Oitavo Passageiro”. Todo o museu é inspirado no visual do filme (informações).
DICA: Se você for fã do longa metragem e/ou quer uma dica de um bar bem diferente pra ir em Gruyères, não deixe de dar uma passada no HR Giger Bar, que fica em frente ao museu. Ele é todo decorado com a temática do “Alien”.
Essa pequena viela termina na entrada da atração que mais gostei de visitar na cidade: o Château de Gruyères.
Reza a lenda que o vilarejo surgiu a partir dele. Construído no século 12, o local foi a residência dos Condes de Gruyères até o século 16, quando acabaram falindo e cederam a propriedade para seus credores de Berna e Fribourg – que utilizou a construção como residência de oficiais de justiça.
Acabou comprado por uma família aristocrata de Genebra no século 19, que o reformou e vendeu novamente para as autoridades de Fribourg em 1938 – que por fim, o transformou num museu.
Essa visita foi uma grata surpresa pra mim. Digo isso, porque quem vê o pequeno castelo de paredes rústicas por fora, não faz A MENOR IDEIA das belezas que estão escondidas lá dentro.
Vamos passando por vários cômodos lindamente decorados e bem conservados, contando com móveis de época e também uma bonita exposição de obras de arte e tapeçarias. Uma beleza, olha só...
Outra coisa que chama bastante atenção é a vista do pequeno jardim que fica nos fundos do castelo e de onde podemos apreciar (de cima de uma sacada) os belos canteiros dispostos em padrões geométricos.
E pra coroar, ainda temos mais uma bela vista da paisagem ao redor da colina onde está o Château e a cidade de Gruyères.
Mais uma vez não paguei a entrada. Bastou apresentar o meu Swiss Pass na bilheteria e ganhei 100% de desconto.
Confira as informações sobre o horário de funcionamento e também o preço do ingresso, caso você não vá adquirir o Swiss Pass. Há, inclusive, opções de tickets combinados com outras atrações da cidade.
Na saída do Château começou a cair uma chuvinha fina e encerrei minha visita à Gruyères – uma cidade muito agradável que amei conhecer.
Como chegar ao centro de Gruyères, no alto da colina?
Logo que saímos da estação de trem e passamos pelo trilho (que atravessa o asfalto), nos deparamos com um cruzamento que nos oferece 4 caminhos.
Confesso que fiquei meio perdida nesse "entroncamento". Eu sabia que várias delas me levariam até o alto da colina, mas qual a melhor opção?
E pra piorar, havia um conjunto de placas que confundiam mais do que ajudavam.
Fui obrigada a fazer uni-duni-té e escolhi um dos caminhos pra subir. E, claro, a Lei de Murphy foi implacável: acabei subindo pelo lado maior e mais cansativo. E na hora de descer, acabei vindo pelo mais fácil.
Para facilitar a vida dos leitores do blog que pretendem visitar Gruyères, trago aqui a melhor opção pra você. Veja o mapa abaixo:
A melhor maneira de subir é pelo caminho 3 – que mais a frente encontra com o caminho 2. A coisa é tão doida que as duas vias tem o mesmo nome: Route de la Citè.
Para não ter confusão lá na hora, veja a foto abaixo onde mostro o caminho a ser seguido, pelo ângulo de quem vem da estação de trem.
Siga em frente até encontrar uma ladeira (o L do mapa) que vai em direção à cidade (ela chama Les Grands Chemins). E prepare-se: ela tem um trecho razoavelmente íngreme e com piso de paralelepípedos. A primeira vista não parece, mas ela cansa mais do que a gente pensa. Sorte que não é muito comprida...
A ladeira termina na entrada lateral da cidade ( E ) que é lindamente medieval – como já relatei no post.
Eu acabei subindo pelo caminho 4. Não recomendo, pois é mais longo e possui degraus no trajeto. E a descida foi pelo caminho 3, quando descobri que era bem mais fácil.
Se você for de carro até Gruyères, será preciso deixa-lo num estacionamento na entrada do vilarejo – onde não pode circular veículos (só alguns autorizados).
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Dicas importantes para seu planejamento de viagem à Suíça
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Ah, escolheria o caminho do meio, tem o desenho de um pedestre indicado que é o melhor para ir andando… rs.
Boa tarde , adorei seu post, queria saber se o estacionamento é pago. Obrigada
Oi, Clivanir!
Eu que agradeço o elogio.
É pago sim. Veja o valor aqui.
Abs
Gosto muito de seu blog.. muito bem estruturado, informativo. Parabéns!
A única coisa que não concordo muito.. e isso não é só no seu blog… é quando colocam o termo “ foi de graça, por que eu estava com o Swiss Pass” ou qualquer outro pass.. pois na verdade, eles mesmos são caros e dependendo da viagem não compensa, pois não se consegue visitar tantos museus, etc… ou seja muita coisa já está meio que embutida no pass… lógico que é um facilitador… gostei muito de tê-lo usado… principalmente em caso de convites de viagem, de empresas hoteleiras, onde vc é presenteado com o pass e aí sim..é só alegria…. mas é importante, principalmente para quem não conhece , que Pesquise e se oriente se vale a pena a compra do pass para o tempo que ficará no País ou cidade… mesmo usando são passes para metrô, trem etc… mesmo porque em algumas atrações , mesmo com pass , ainda é necessário pagar algum valor.
Mas repito, gosto muito do seu blog e ele geralmente me ajuda em meus roteiros.
Sucesso e obrigada !
Prezada Fernanda, peço que me desculpe, fiz o comentário acima sobre o Swiss
Pass sem ver os links antes…. e confirmando, a sua organização é incontestável. Queira desculpar novamente a minha intempestividade . Favor desconsiderar o comentário.
Abraços,