Veja como foi nossa experiência em Sachsenhausen, um dos mais antigos e maiores campos de concentração da Alemanha nazista, a cerca de 1 hora de Berlim. Saiba como chegar em Oraniemburg e como organizar sua visita.
Visitar um campo de concentração não é uma tarefa fácil. Se deparar pessoalmente com a história cruel do local realmente mexe com a gente. Ainda assim, decidimos incluirmos uma visita a Sachsenhausen em nosso roteiro de Berlim.
Atualmente o local funciona como um museu e memorial em homenagem aos que ali perderam suas vidas. Por mais duro que seja relembrar, essa é uma lição que a humanidade precisa aprender e garantir que nada sequer parecido com isso se repita.
É nesse clima que eu recomendo uma visita a Sachsenhausen. Será uma aula de história sobre a segunda guerra mundial, do ponto de vista nazista, e uma reflexão sobre tudo que ali aconteceu.
Como Chegar a Sachsenhausen?
O campo de concentração fica em Oranienburg, cidade vizinha a Berlim. A melhor forma de chegar lá é de trem, pegando o S-Bahn e indo em direção a última estação da linha S1, chamada Oranienburg Bhf.
Fique atento: Oraniemburg fica fora das zonas A e B, próximas a Berlim. Dessa forma, para chegar de trem até Sachsenhausen, você irá precisa do ticket de transporte público que da direito as zonas A, B e C.
Dependendo do local que você esteja em Berlim, pode ser necessário antes pegar um trem ou metrô para se deslocar até alguma estação da linha S1. Após uma rápida baldeação, você demorará cerca de 1 hora até chegar na Estação de Oraniemburg.
Desse ponto até a entrada de Sachsenhausen, você ainda precisa fazer uma caminhada de 20 minutos, pouco mais de 1 quilômetro e meio. A caminhada é agradável e pode servir como começo de uma reflexão, para você se preparar para essa visita.
Se possível, evite fazer esse passeio numa segunda-feira, dia da semana em que alguns dos museus do campo de concentração ficam fechados.
Quanto Custa Visitar Sachsenhausen?
Na verdade a visita ao campo de concentração é gratuita. O custo obrigatório desse passeio se resume ao valor gasto com o deslocamento.
Você tem a opção de alugar um áudio-guia que custará 3 euros. É possível utilizar apenas um áudio-guia para um grupo pequeno, já que o lugar é bem silencioso e existe um controle de volume no aparelho. Outra opção é participar de um tour guiado que custa 12 euros.
Nós utilizamos o áudio-guia e funcionou super bem. Além do equipamento, você também recebe um mapa do local com informações que te ajudarão durante a visita.
Algumas pessoas preferem contratar uma excursão com guia, saindo de Berlim. Dessa forma se evita ter que fazer por conta própria todo o deslocamento de trem e caminhar sozinho pela cidade até o centro de visitantes. No site Get Yout Guide existem várias opções como esta com valores entre 15 e 20 euros.
A História de Sachsenhausen
É muito importante entender a história deste campo de concentração antes de iniciar sua visita.
Início do Campo de Concentração
Sachsenhausen não foi o primeiro, mas foi um dos mais antigos e maiores campos de concentração nazistas. Foi construído em meados de 1936, apenas 3 anos depois que Hitler chegou ao poder na Alemanha.
O propósito oficial era que o local seria um centro de reabilitação para comunistas e opositores políticos, com base no trabalho. "Arbeit Macht Frei", inscrição gravada até hoje nos portões de Sachsenhausen, significa "O Trabalho Liberta".
A partir de 1938 chegaram milhares de judeus ao campo de concentração. Embora os judeus fossem maioria, Sachsenhausen também recebia homosexuais, ciganos, presos políticos e até testemunhas de jeová, que se recusavam a se alistar para a guerra.
Pela proximidade de Berlim, próximo ao Sachsenhausen funcionava uma sede administrativa que controlava todos os campos de concentração da Alemanha. Para lá eram enviados oficiais da SS (abreviação de Schutzstaffel, organização paramilitar nazista) com o objetivo de aprender as técnicas e estratégias ali usadas e replicar nos outros campos.
Estima-se que cerca de 200 mil pessoas passaram pelo campo de concentração entre os anos de 1936 e 1945, quando os soviéticos invadiram a Alemanha.
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Invasão Soviética no Fim da Segunda Guerra
No início de 1945, a derrota dos nazistas na segunda guerra era iminente. Os oficiais da SS ordenaram a evacuação do campo de concentração e a transferência dos presos.
Os 65 mil prisioneiros que estavam no local, incluindo cerca de 13 mil mulheres, foram obrigados a marchar em direção noroeste. O estado de saúde e físico de muitos presos os impossibilita de caminhar e muitos foram executados. Os nazistas precisavam ocultar do mundo todas as barbaridades que ocorriam nos campos de concentração.
Mais de 30 mil presos seguiram a marcha forçada de evacuação mas apenas 18 mil foram salvos pelas tropas soviéticas. Infelizmente milhares não resistiram e morreram pelo caminho. O relógio localizado em cima da entrada do campo de concentração marca até hoje o horário em que os prisioneiros foram evacuados.
Em abril de 1945 o exercito vermelho invadiu Sachsenhausen, liberando cerca de 3.000 presos sobreviventes. Neste período houveram pelo menos 30.000 mortes, não apenas por execução, mas também por doenças, desnutrição, frio, exaustão e experimentação médica.
A dificuldade de ter números mais precisas se deve ao fato dos nazistas terem feito de tudo para esconder suas práticas nos campos de concentração. Estima-se que o número de mortos pode ter chegado a 50.000 pessoas.
O que Aconteceu Após 1945?
Muita gente acha que a história deste campo de concentração termina com o fim da segunda guerra. Na verdade, o local continuou sendo utilizado por mais 5 anos, porém agora sobre o controle dos soviéticos. Passou a se chamar Campo Especial nº 1, para onde eram levados presos de guerra.
Estima-se que mais 60.000 pessoas estiveram presas em Sachsenhausen entre 1945 e 1950, quando enfim o local foi desativado. Só que dessa vez, os prisioneiros era jovens alemães e oficiais nazistas. Durante esse período calcula-se que houveram mais 12.000 pessoas mortas.
Como é o Tour pelo Campo de Concentração?
Embora não fosse um campo de extermínio, muitos judeus e prisioneiros em geral perderam suas vidas neste lugar devido a diversas práticas cruéis e desumanas.
Durante a visita você verá 2 barracões, dos 60 que existiam na época. Eles foram recuperados e se transformaram em museus. É possível entrar e ver o local onde os prisioneiros viviam além de poder analisar vários artefatos da épocas e informações revelantes.
Você também poderá visitar a prisão, a enfermaria, a cozinha e até a foça de fuzilamento. Usando o áudio-guia você saberá detalhes do funcionamento e curiosidades referentes a cada um desses locais.
Entrando na foça de fuzilamento, por exemplo, a mensagem informa como os nazistas procediam para executar os prisioneiros. Em seguida, num local ao lado que funcionava como enormes fornos, a gravação conta como os corpos eram cremados para garantir a ocultação das provas desse genocídio. Prepare-se pois não é fácil digerir tudo aquilo.
O regime nazista fazia uma propaganda de que os campos de concentração eram locais agradáveis. Os vídeos mostravam as pessoas se exercitando e vivendo relativamente bem. Um dos museus existentes no local inclusive mostra um desses vídeos da época, com cerca de 30 minutos, numa área parecida com um cinema.
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Abuso e Maus Tratos aos Prisioneiros
A verdade era que os maus tratos e abusos cometidos contra os judeus e demais presos eram constantes. Muitos chegavam a se suicidar por não aguentar mais viver sob aquelas condições. As cercas elétricas costumavam ser uma alternativa para quem recorria a essa medida desesperada.
A alimentação dos prisioneiros era horrível e, quanto mais presos chegavam, menos comida cada um tinha direito. Informações no local dizem que os presos chegaram a comer apenas 200 gramas de pão por dia, tendo a possibilidade de tomar uma sopa por semana.
Se engana quem pensa que, pelo menos na hora de dormir, os prisioneiros podia relaxar. A superlotação no campo de concentração fazia com que 3 pessoas tivessem que dividir uma cama. Sem falar na falta de banho. Sobreviventes relataram que durante o período que estiveram presos, tomaram 3 ou 4 banhos. Isso durante anos de confinamento, e sempre com a mesma roupa.
Além dos trabalhos forçados, que eventualmente levava presos a morte, os nazistas abusavam dos prisioneiros de diversas formas. Eles eram responsáveis por testar equipamentos que seriam utilizados pelos soldados na guerra. Caminhando durante horas sobre diferentes terrenos, judeus eram obrigados a testar calçados, carregando mochilas com enormes cargas.
Alguns prisioneiros eram expostos a temperaturas extremamente frias, quase congelantes, para que os nazistas estudassem os limites de resistência humana. Muitos soldados enfrentavam situações de frio durante a guerra e eles queriam ter mais informações sobre o tema para ajudá-los.
Muitas experiências médicas eram feitas com os prisioneiros. Os presos eram mais do que cobaias humanas, já que muitas vezes os nazistas os forçavam a passar por determinado procedimento só para que pudessem ser avaliados, sabendo que não sobreviveriam. Terrível.
Durante a visita, enquanto percorre as instalações do campo de concentração, você ouvirá essas e muitas outras informações.
Organizando sua Visita em Sachsenhausen
Nós fizemos a visita ao campo de concentração no período da manhã. Saímos do hotel pouco depois das 9 da manhã. Já contando o trajeto de trem e o trecho que é preciso caminhas a pé, chegamos em Sachsenhausen por volta das 10:30 da manhã. Como o local abre às 8:30 você pode sair mais cedo de Berlim e ganhar tempo.
Passamos cerca de 3 horas visitando o campo. Seguimos o roteiro proposto pelo áudio-guia. A parte inicial fizemos tudo com bastante calma, dando atenção a cada detalhe. Da metade para frente aceleramos um pouco o ritmo.
O áudio-guia é bem longo e da muitas informações detalhadas. Além disso, cada local é repleto de detalhes e informações em texto. Quem realmente fizer questão de examinar minuciosamente o campo de concentração vai precisar ficar mais tempo.
Pessoalmente acho que 3 horas é mais do que suficiente para essa visita. Até porque é um clima super pesado, uma realidade duríssima de se encarar. Em determinado momento a gente já estava precisando respirar um pouco de ar, fora dali. É realmente muito impactante.
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Gostei muito de ter feito essa visita. Embora seja uma experiência complicada, foi importante para mim como pessoa. Entender melhor todo o sofrimento que aconteceu nessa época nos faz refletir, nos faz querer amar mais as pessoas.
Não se impressione tanto com os relatos terríveis que fiz aqui. Eles vão te ajudar a se preparar melhor para essa difícil porém necessária visita. Se você puder voltar aqui no blog depois de conhecer Sachsenhausen, eu adoraria ler os seus comentários sobre sua experiência.
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Parabéns pelo excelente Post. Repleto de ótimas e detalhadas informações. mesmo para quem não vai visitar o local ficou essencial como conhecimento histórico.
Seu post me ajudou muito a vir conhecer esse lugar impactante. Muito obrigado!
E como faz para voltar a Berlim?